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A puberdade precoce se caracteriza pelo início precoce de manifestações da produção hormonal que estimulará o aumento das características sexuais secundárias, explica a pediatra Evelyn Eisenstein, secretária do Departamento Científico de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

– Na menina, o aumento de mamas ou o início de pelos pubianos, antes dos 8 anos. E no menino, o aumento testicular e peniano ou o início de pelos pubianos, antes dos 9 anos – afirma.

Além dos sinais descritos acima, segundo a médica, existe também a aceleração da velocidade de crescimento em altura, ou avanço na idade óssea, aumento do ganho de peso, e outros sinais característicos a serem avaliados pelo pediatra.

– É preciso afastar a possibilidade de tumores intracranianos ou gonadais. Não confundir com o aumento de mamas, devido à deposição de gorduras (ou lipomastia), ou mesmo pequenas variações denominadas de telarca precoce (aumento de mamas ao nascimento e que desaparece nos primeiros 6 a 12 meses de vida) ou pubarca precoce (aumento de pelos pubianos finos ou pelos axilares, antes dos 10 anos, e mais frequentes em etnias negras ou miscigenadas, ou famílias de origem de áreas do Mediterrâneo). É sempre importante que a criança seja avaliada por um especialista em pediatria ou endocrinologia pediátrica – orienta.

A médica alerta para uma distinção importante: diferenciar a verdadeira puberdade precoce, de origem hormonal, da “adultização precoce” de crianças que sofrem as influências, inclusive das mídias.

– Crianças com puberdade precoce verdadeira precisam ser acompanhadas por especialistas, inclusive, com apoio psicoterapêutico. Mas a adultização pode trazer mais danos psicológicos.

Além do exame clínico completo, com medidas de altura e peso, exames laboratoriais complementares mais específicos, como estudo radiológico de idade óssea, ultrassonografias abdominal e pélvica, exame de tomografia ou ressonância craniana, exame de sangue para dosagens hormonais, são necessários.

– Cada caso clínico deve ser levado em consideração pelo especialista, que geralmente pode trabalhar em equipe com psicólogo e nutricionista. Existem medicações específicas para bloquear a aceleração do desenvolvimento puberal, e já no primeiro mês de tratamento se podem observar resultados. A criança precisa ser acompanhada a cada 3 ou 4 meses, de acordo com cada caso – garante.

A família pode ajudar a prevenir o problema ficando alerta com a alimentação da criança, que deve ser balanceada. Evitar que sejam expostas em exagero a alimentos que contenham fitohormônios (como a soja) ou suplementos vitamínicos com anabolizantes.

– Até mesmo a ingestão casual de comprimidos como contraceptivos (da mãe) ou mesmo alguns cremes cosméticos que podem ser manipulados com hormônios podem desencadear o processo – alerta.

Fonte: http://quemcoruja.com.br/puberdade-precoce/



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